segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Passo a passo da minha formação


Nascida nesta cidade de Jequié-BA sou filha caçula, garota tímida, bastante carinhosa, observadora e de poucos verdadeiros amigos. Gosto de animais e de estar sempre em contato com as pessoas acolhedoras, gosto bastante de conversar com pessoas mais velhas, por transmitirem além da calma a experiência de vida.

Em respeito as minhas primeiras atividades escolares, estas se iniciaram em uma instituição de ensino da rede privada, ao qual fui matriculada juntamente com minhas duas irmãs. A todo receio de estar ao primeiro contato com pessoas desconhecidas, ofereceu uma sensação de medo, acredito que como toda criança ao ir à primeira vez a escola. Penso que por ser a caçula da família, fui um pouco “estragada” pelos mimos do pai, e assim refletiu um pouco para minha insegurança e assim a forma de estar em sociedade. A esta fase escolar se iniciava com cobranças não só pessoal como também pelo quadro escolar, aqui cito a importância e contribuição de alguns poucos professores que se fizerem presentes para o meu processo de alfabetização e assim formação e outros não deixarão de serem lembrados pelo lado cruel a que se fizeram tão presentes.

Pela minha caminhada ao curso de pedagogia na UESB, compreendi quantas falhas foram cometidas e ainda são tão presentes nas redes de ensino. Aqui destaco a importância do educador e o seu papel como facilitador no processo de ensino aprendizagem. Sob olhar de diversos teóricos apresentado em minha vida acadêmica, destaco a este momento o ilustre Paulo Freire, a que vem oferecendo reflexões sobre a importância de uma ação transformadora, cabendo ao professor oferecer ferramentas necessárias para que o aprendizado significante de fato ocorra. O respeito ao individual do aluno, a questão cultural ou também psicológica, vem a ser um fator assim relevante.

Aos poucos pontos que me recordo na instituição onde fui alfabetizada, lembro das famosas cartilhas em que penso terem sim trazido contribuições para a minha formação, lembro também do modelo tradicional de avaliação, onde em semana de prova, as fileiras eram arrumadas e sob ordem escolhida pelo docente, iniciávamos as atividades. Havia também outras formas de avaliar, a exemplo dos trabalhos, dicionários a elaborar com figuras, mapas para decalque, e não deixarei de citar a oratória, momento este de bastante tensão. Estas de fato havia um pouco de dificuldade para acompanhar.

Ao mudar da escola privada para a pública, senti uma grande diferença em especial pela falta de comprometimento de alguns professores faltosos. A despreocupação em oferecer conteúdos, e o diferenciado ritmo da instituição, a que causou uma certa estranheza. As cobranças agora pareciam insuficientes ao que estava acostumada, mas o modelo tradicional de avaliação em alguns aspectos ainda se fazia e se faze presentes.

Por este período de formação na faculdade pude então aos poucos compreender não só a mim mesma, como também vem possibilitando refletir sobre os desafios e as ilicitudes (erros), cometidas e encontradas nas práticas de educação atuais, sendo estas capazes de incentivar ou desmotivar ao individuo para a sua ascensão em sociedade. Compreendi então dentre várias teorias estudadas e pela prática de estágio nas séries iniciais, a relevância da motivação proporcionada pelo docente aos seus alunos. 

O professor, ao oferecer uma proposta de educação dinâmica, prazerosa e considerável a realidade social de seus alunos, a aprendizagem eficaz se torna apenas uma possível conseqüência.

Nesta fase acadêmica, cada momento vivenciado foi realmente único, e ficará marcado, pois nos trouxe além de uma rica experiência, o sentir da gratidão expressado pelos olhos atentos, beijos e abraços apertados a que lembro no estagio da educação infantil. Penso então, que valeu a pena, e sempre valerá enquanto acreditarmos que apesar das deficiências enfrentadas pelo Sistema Educacional, poderá ser gratificante o resultado, quando a ação docente propor a diferença, atuando com respeito e compromisso com a profissão escolhida.

Vale ressaltar ainda que para a realização das minhas atividades acadêmicas, foi de suma importância a colaboração e incentivo das minhas colegas Geisa e Érica, por compreenderem algumas dificuldades a por apostarem quando nem a mim mesma encontrava confiança. A esta elevo a importância, como citada acima da motivação e a boa interação entre os sujeitos envolvidos no processo da educação.

Para tanto, considero assim o estágio, um momento rico e imprescindível de aprendizado onde através dele podemos ter a oportunidade de assimilar a teoria e a prática, conhecendo a realidade do dia-a-dia da profissão almejada, pois sabemos que o aprendizado se torna muito mais eficaz quando adquirido em meio à experiência.

3 comentários:

  1. uma garota extremamente tímida e insegura para quem não a conhece de verdade..! mas acredito que a faculdade e suas vivências pessoais tem ajudado muito em relação a isso..
    Ahh.. sempre que precisar estarei ao teu lado para apoiá-la, incentivando você em tudo que faça!
    beijos amiga!!!

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  2. Obrigada amiga..sei o quanto se preocupa..como sempre minha real motivadora=)Sem vc não seria a mesma coisa..o seu incentivo me fez crescer..tanto pessoal quanto profissional, ...Obrigada sempre!!!

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  3. Oi querida,

    Sua narrativa está densa e bem fundamentada. Você consegue trazer suas experiências bem articuladas com as bases teóricas do curso.

    Parabéns!

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